segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Autorretrato com vela



Uau, a semana foi corrida, quase não tive tempo de pintar. Quarta feira fui para São Paulo para a aula de pintura, mas pasmen! o professor não foi. Aparentemente houve algum problema de comunicação... acabou que fiquei por lá no horário da aula, me aventurando sozinha com meu pequeno (20x20cm) autorretrato. A foto foi tirada pelo meu pai quando eu tinha uns 6 anos de idade. Nas imagens dá pra ver o antes e o depois. Ainda tem trabalho pela frente, mas a pintura já ganhou caráter... O que fiz foi "alaranjar", aquecer pra chegar na iluminação típica da vela. Fiquei satisfeita com o progresso da pintura, e mais ainda quando descobri que tem um Starbucks em um shopping que faz parte do meu caminho. Certeza que faço uma parada nessa semana pra tomar um café.

Por causa da correria da semana também não tive tempo para agradecer os comentários e emails sobre o blog, foi uma delícia receber os recados e incentivos de todos... Obrigada, e continuem visitando!

Abraços...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Passeios com meu avô.

Quando comecei meu curso de pintura realista, deveria escolher uma imagem para retratar. Logo veio a dúvida: que pedacinho de mundo escolher? Após pesquisas, considerações e uma pitada de drama, escolhi uma foto de meu avô Bruno. Várias foram as motivações: apesar de não o ter conhecido, tenho imenso afeto por ele, a foto é muito bonita e expressa, a meu ver, uma personalidade forte e marcante. Seu olhar é doce sem deixar de ser incisivo.
Escolhida a foto, dei início ao trabalho. Várias foram nossas viagens: ônibus, metrôs, caminhadas... E a cada semana, meu avô foi, na ponta do pincel, aparecendo para mim. Eu que nunca o conheci pessoalmente, tomei consciência das suas linhas, suas formas, seu caráter, sua alegria.
Mesmo durante nossos apertos nos ônibus e metrôs lotados, lá estava ele, já nas primeiras luzes e sombras, de sorriso aberto. Certamente éramos uma dupla que chamava atenção, atravessando a av. Paulista. Quando já estávamos no caminho de volta, eu já um pouco mal humorada e cansada, era só olhar para ele e não dava outra: ainda de sorriso aberto. Imediatamente pensava: quando iria imaginar eu aqui com o meu avô? Pela expressão de muitas pessoas ao nosso redor, também maltratadas pelo ritmo da cidade grande, tenho certeza de que o seu sorriso as tocou também. Também tenho certeza de que ele adorou conhecer a cidade.
Nunca mais esqueço essas tardes com meu avô...
Esse blog é uma aspiração antiga. Antes que se tornasse remota, resolvi transformá-la em realidade. Então, peguei esse desejo do passado e transformei-o em presente para a pintora que insiste em habitar em mim (obrigada, pintora!). Boa sorte para nós!